Tantos e tais caminhos se enredavam
- Ah, rede sobre o abismo! - ante os meus passos,
Que me deixei ficar bamboando os braços
E olhando os outros todos que avançavam...
E todos que avançavam me clamavam:
- "Anda conosco em busca de Espaços!"
A todos eu olhava de olhos baços
E todos, rindo com desdém, passavam.
Que o meu caminho - o meu! - é que eu pedia.
E o meu caminho, ou eram todos eles,
Ou era, então, ficar parado e só.
Fiquei. Sou eu!, na encruzilhada... e um dia,
Tu, vento, que debalde hoje me impeles,
Por todos eles semearás meu pó!
José Régio
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