E, só de lhe tocar, reveste a rosa...
E o vento vem, à tus mão airosa,
Como o cordeiro vem ao seu redil...
É tua mão que nos acende, às mil,
Estrela por estrela, a clara noite oleosa...
E nela, a vasta vaga procelosa
Semelha avena mansa e pastoril.
Oh! mão que nos semeias maravilhas,
Afastas do naufrágio as gastas quilhas
E deténs o trovão que nos assombra!
Oh! mão de alado gesto poderoso!
Entre todos sou eu quem, mais ansioso,
Aguarda que me cubra a tua sombra!
Reinaldo Ferreira
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